quarta-feira, 30 de dezembro de 2015


Os dez melhores livros que eu li em 2015

Humana DC

 
Para esta lista não expressa uma ordem de melhores, seja ela crescente ou decrescente, eu apenas fui olhando os livros que li este ano e selecionei os dez que mais me agradaram.

 ·      Guerra e Paz – Tolstoi

“Em outubro de 1805, os exércitos russos ocupavam vilas e cidades do arquiducado da Áustria, mais regimentos continuavam a chegar da Rússia e aquartelavam-se junto à fortaleza de Braunau, trazendo grande transtorno para os habitantes, em cujas casas se instalavam. Em Braunau, ficava o quartel-general do comandante em chefe Kutúzov.”

Apesar deu ter feito esta leitura em sua maior parte em 2014 eu finalizei em 2015, portanto está aqui, considerada como leitura de 2015.Um belo de um calhamaço, o que eu devo confessar que eu gosto por ficar envolvida com a história e seus personagens por um longo tempo (eu não leio rápido), desta forma fica até difícil de terminar o livro, pois sinto como tivesse uma relação de amizade com os personagens. Livro histórico incrível que também merece comentários a parte.


·      O Cão dos Baskerville – Sir Arthur Conan Doyle
 

“Uma história de horror ambientada nas fantásticas paisagens da Inglaterra. O caso mais assustador do imbatível Sherlock Holmes. Considerado um marco do romance policial, O cão dos Baskerville arrebata o leitor com um clima de ameaça constante, estranhas pistas e inúmeros suspeitos!”

Incrível história, tenho lido a série de livros com Sherlock Holmes, e dos que li até agora este foi o mais envolvente e divertido. Já tenho mais dois livros na minha interminável lista de livros que desejo ler, mas devido ao entusiasmo que este livro deixou já passou na frente de muitos.

 
·      O Festim dos Corvos – George R. R. Martin

“Em O festim dos corvos, o quarto livro da aclamada série As crônicas de gelo e fogo, George R. R. Martin continua a narrativa das épicas aventuras nos Sete Reinos, onde muitos perigos e disputas ainda estão por acontecer. Além dos combates que se estendem por todos os lados, a ameaça agora também chega pelo céu!”

Diferente de muitos comentários que li e ouvi que consideram este livro o pior da série, muito parado, entre outras reclamações, eu gostei muito, mais do que do quinto, que nem entrou nesta lista, e parece que a preferência entre estes dois últimos livros é para o quinto. Talvez eu ter feito um hiato entre o terceiro e o quarto livro tenham ajudado bastante, o que não fiz para o quinto, não sei, gosto do desenvolvimento dos personagens. Estou aguardando o sexto, veremos.

 
·      Vida Querida - Alice Munro

“Eu não voltei para casa para a última recaída ou para o funeral da minha mãe. Eu tinha dois filhos pequenos e ninguém em Vancouver com quem pudesse deixa-los. Nós mal poderíamos ter pagado a viagem, e o meu marido tinha certo desprezo por comportamentos formais, mas por que pôr a culpa nele? O meu sentimento era o mesmo. Nós dizemos de certas coisas que elas não podem ser perdoadas, ou que nunca vamos nos perdoar. Mas perdoamos – perdoamos o tempo todo.”

Acho que esta foi a leitura mais surpreendente do ano, eu queria ler um livro da Alice, mas ela me pegou de surpresa, ainda mais que fazia tempo que não lia contos. Amei sua forma de abordar temáticas como amor, família, casamento etc.

·      Convite para um homicídio – Agatha Christie

Nas pequenas aldeias costumam ocultar-se grandes paixões, capazes de cometer os piores crimes. No entanto, nessas enganosamente tranquilas comunidades rurais também moram solteironas idosas, que enquanto fazem croché, observam tudo, e podem valer mais do que mil policiais juntos. O exemplo mais extraordinário dessa classe de mulheres é miss Marple, tão sagaz como Poirot e mais modesta do que ele. Defrontada a uma série de homicídios que começam com um assassinato anunciado como se se tratasse de um jogo macabro a simpática e bondosa miss Marple, que sabe descobrir a maldade escondida sob as mais honestas e inocentes aparências desmascara o culpado, algo que não tinham conseguido fazer os investigadores profissionais mais experientes.”

Primeiro livro que lei da Agatha Christie com a personagem Miss Marple, o que me agradou bastante, achei muito interessante acompanhar sua forma de pensar, de montar o caso... recomendadíssimo.


·      Arsène Lupin, ladrão de casaca – Maurice Leblanc

“A alta sociedade francesa diverte-se a bordo do transatlântico Provence, quando chega a notícia: Arsène Lupin, o ladrão impossível de se capturar, viaja disfarçado entre os passageiros. Eis a chance de o Inspetor Ganimard prender o homem capaz de realizar crimes perfeitos e fugas espetaculares. Conto de estreia deste ícone da literatura policial, “A detenção de Arsène Lupin”, de 1905, é a primeira das nove aventuras aqui reunidas, revelando um criminoso galante e sedutor, guiado pelo prazer do desafio. Um anti-herói que se dá até ao luxo de ajudar a polícia em casos difíceis. Conheça um oponente à altura de Sherlock Holmes – ou “Herlock Sholmes”, na versão de Maurice Leblanc – e prepare-se para torcer pelo ladrão.”

É exatamente como diz no livro, Arsène Lupin é galante e sedutor, você sabe que ele é o ladrão, porém de repente você se pega torcendo por ele. Histórias envolventes e divertidíssimas.


·      Poesia Errante – Carlos Drummond de Andrade

Amanhecer

Amanhecer: o mais antigo

Sinal de vida sobre a Terra.

Amanhecer: ainda o mais novo

sinal de vida sobre a Terra.

Amanhecer e vida humana

 se entrelaçam na mesma luz.

O que dizer sobre este livro do Drummond... introduzi a leitura de poesia em minha lista de livros para 2015, porque já há algum tempo não lia nada de poesia e vi que tinha este livro que eu ainda não havia lido na estante, e assim foi a minha escolha, seja lá como for uma bela escolha.


·      A Condessa de Barral – Mary del Priore

“A relação do imperador com a condessa quebrou regras e despertou ciúmes, sobretudo pela personalidade única de Barral, que viveu à frente do seu tempo. Condessa de Barral é um rico painel do século do Romantismo e, ao mesmo tempo, uma homenagem a um amor que nasceu improvável, mas se manteve vivo por décadas.”

Já mencionado aqui no blog leitura recomendada.

 
·      E não sobrou nenhum – Agatha Christie
 

“Dez soldadinhos saem para jantar, a fome os move;

Um deles se engasgou, e então sobraram nove.

Pensou consigo:

É horrível – exatamente como nós aqui esta noite...

Por que motivo Anthony Marston desejava morrer?

Ela não queria morrer.

Não podia conceber a idéia de querer morrer...

A morte era – para as outras pessoas...”

Mais um livro da Agatha Christie e este sempre muito bem recomendado e não para menos, esta história foi escrita de tal forma que não dá para ignorá-la, confesso que como quase sempre eu não descobri o assassino. Penso em comentar melhor esta obra em outra ocasião.

 
·      Vlad, a última confissão – C. C. Humphreys


“... aço contra aço, quebrar de ossos, gritos de raiva, dor, terror, Vlad não sentia nem ódio nem medo, só a ânsia de tirar a vida de outro inimigo. Alguém que queria se provar mais forte, e fracassava. Esbravejando com fúria, um turco enorme passou correndo por sobre os corpos de seus camaradas, levantando sua espada em um arco impossível de deter em direção à cabeça dele. Não havia outro lugar para ir a não ser para trás. Seu pé bateu na plataforma do molinete, a lâmina passou a um dedo de seu rosto, a força fazendo-a se enfiar no chão, e a madeira segurando-a ali o tempo suficiente para Vlad passar sua cimitarra direto pela garganta do turco.”

Também já mencionado aqui no blog.

 

 

 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Cosac Naify


Editora Cosac Naify

 


Esta é minha pequena coleção de livros da Cosac Naify. Sei que podem parecer muitos, mas a editora possui um catálogo grande e muito bom, que eu gostaria de muitos mais títulos. A editora está a 18 anos atuando no mercado de livros, contudo infelizmente eu vim a conhecê-la há pouco tempo, soube de sua existência através de um vídeo da Tatiana Feltrin para o Youtube, onde ela mostra sua coleção de livros e dentre eles está uma maravilhosa edição de “Os Miseráveis” publicada pela Cosa Naify. E é claro que fui procura-la e não encontrei, pois está esgotada. Todavia, encontrei muitos outros e fiquei muito entusiasmada com a editora e desde então sempre tinha ao menos um livro da Cosac em minhas compras de livros, e principalmente ficar atenta a promoções (confesso que comprei praticamente todos estes livros em promoções muito boas, principalmente no bota fora que ocorreu no primeiro semestre deste ano.

E foi com pesar que novamente assistindo a um vídeo da Tatiana Feltrin onde ao final ela comenta a notícia de que a Cosac Naify está fechando as portas. A princípio pensei que poderia haver algum engano, mas não infelizmente a editora está fechando mesmo e eu já me sinto órfã.

Bem, saudades Cosac Naify!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Pudim de Claras com Baba de moça


Pudim de Claras com Baba de moça

 

O natal está pertinho, quer uma sobremesa que faça uma boa vista? Eu sugiro o pudim de claras com baba de moça. Fica bonito, principalmente se você tiver um prato bonito para coloca-lo, este não foi o meu caso como podem ver na foto, e é gostosa. O importante é não se assustar com o tamanho da receita, não é tão difícil, e você pode trocar a baba de moça por caramelo, ou outra calda de sua preferência.
 

Ingredientes do Pudim
·       6 claras

·       6 colheres (sopa) (90g) de açúcar
 

Modo de Preparo
Preaqueça o forno em temperatura média (200°C). Numa tigela, bata as claras apenas até ficarem em neve. Junte as 6 colheres de açúcar, uma de cada vez, e continue batendo até a mistura formar picos firmes. Reserve.
Despeje a mistura de clara e açúcar na fôrma untada (se for fazer com caramelo caramelize a forma) e aperte delicadamente com as costas de uma colher para o doce ficar bem compacto. Sem formar bolhas de ar.

Ponha a fôrma numa assadeira redonda de buraco no meio com 25 cm de diâmetro e leve ao fogo. Encha a assadeira até a metade com água fervente e deixe o pudim assar por cerca de 30 minutos ou até que, ao enfiar um palito na massa, ele saia limpo e seco. Retire do fogo e deixe esfriar por cerca de 10 minutos.
 
Ingredientes para a Baba de moça
·       1 ½ xícara (300g) de açúcar

·       ½ xícara (120ml) de água

·       1 xícara (240ml) de leite de coco

·       6 gemas
 
Modo de preparo
Numa panela de aço inox ou esmalte, coloque o açúcar e a água, leve ao fogo alto e, mexendo sempre com uma colher de pau, deixe o açúcar se dissolver. Continue a cozinhar até obter uma calda grossa, semelhante a mel.
Em seguida, retire a calda do fogo, junte o leite de coco, misture bem e deixe esfriar por completo.
Passe as gemas por uma peneira, recolhendo-as numa tigela, e acrescente à mistura de leite de coco já fria.
Leve ao fogo brando, mexendo sempre, até engrossar, mas sem deixar ferver para não talhar as gemas. Retire o doce do fogo e deixe esfriar.

 Montagem
Em um prato desenforme o pudim e jogue a calda já fria por cima. E felicidades.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Poldark


Poldark

 


Poldark é uma séria do Reino Unido, criada por Debbie Horsfield, teve sua primeira temporada exibida neste ano de 2015 no canal BBC one. A história é baseada na série de dez romances do autor Winston Graham (1908-2003) escritor britânico, que conta a história de Ross Poldark, que se passa no final do século XVIII, ao retornar da guerra de independência americana, onde serviu por três anos, descobre que seu pai está morto, que o davam como morto na guerra, sua prometida, Elizabeth, está noiva de seu primo Francis, a mina de estanho fonte de renda da família fechou e sua propriedade está em ruínas. Ross possui uma personalidade forte e grande senso de justiça decide reerguer as posses de sua família, reabre a mina e para iniciar uma nova vida casa-se com Demelza, uma jovem que ajudou na cidade e depois deu lhe emprego de criada em sua propriedade, fato este que deixa a sociedade local chocada devido a diferença de classes. E disso tudo tem se o desenrolar da trama na luta de Ross Poldark para reconstruir a fortuna de sua família e a si mesmo.

Eu me deparei com está série por acaso, dei uma lida na sinopse que não me deixou muito entusiasmada, porém como estava com vontade de assistir algo histórico, e era esta a classificação desta série, resolvi dar uma chance, pensei: “Ah, vou dar uma olhadinha, não deve ser grande coisa, mas...”, assim de lhe uma chance e o que aconteceu? Simplesmente viciei nesta série. Quero assistir mais, quero saber o que mais acontece com os personagens, como eles conseguirão resolver seus conflitos etc.

Bem, enfim amei a série, gostei muito de acompanhar o desenvolvimento dos personagens, torcer por Poldark, por Demelza, odiar outros personagens e estou aguardando a segunda temporada. Recomendadíssima esta série.

P.S. linda música de abertura.
 
Link para o trailer:

Link para a abertura:
 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Minha Barriga


Minha Barriga

Por Bob

 
Aqui no Castelo do Duque temos humanos para nos servir, o problema que eles passam do limite com relação a como deveriam se comportar com relação a nós. Por exemplo, a humana DC, ela ama passar a mão em, se for na minha cabeça ou pescoço, tudo bem, eu gosto, mas por que esta obsessão com a minha barriga? Ela começa passar a mão na minha cabeça, porém logo já passa a mão nas minhas costas e na minha barriga, só que eu detesto, detesto, detesto mesmo. Eu fico bravo, mordo e arranho, todavia nada adianta ela continua passando a mão na minha barriga e me pega no colo, me abraça, me aperta... Ahf... Como eu resolvo isso?

O Duque parece gostar, como ele ronrona, deita no chão e vira a barriga para cima para ela passar a mão na barriga dele, coça-la, sei lá. Quando ela coloca-me no colo de barriga para baixo e fica coçando o meu pescoço eu gosto, até ronrono, agora por que ela não entende que é só assim, não precisa de mais nada, que na barriga não. Mas ela diz que minha barriga é muito boa, muito fofinha, etc e tal além do termo que ela não deveria dizer, que eu sou gordinho. Não sou gordinho sou tipo modelo de embalagem de ração.

Essa história deu-me uma fome, melhor comer alguma coisa, só um pouquinho.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Tarte Tatin


Tarte Tatin


 
Uma receita doce na cozinha do Castelo.

Bem, eu ouço muito dizer que esta receita é muito fácil, mas fui assistir o Masterchef France, e... não é tão fácil assim. Porém como a vontade era grande e vai saber se existe por aqui alguém que venda Tarte Tatin, então resolvi arriscar.
 

Ingredientes
Massa
·       70g de açúcar
·       200g de farinha
·       125g de manteiga
·       1 ovo
 
Recheio
·       100g de manteiga
·       200g de açúcar
·       maçãs até preencher bem a forma cerca de 1kg (usei a fugi que é a que eu mais gosto)
Massa

Misture o açúcar, a farinha e adicione a manteiga cortada em cubinhos. Incorpore todos os ingredientes até que tenha a textura de uma farofa. Então acrescente o ovo. Misture bem até que a massa fique lisa e uniforme, e não grude nas mãos. Se necessário vá acrescentando um pouco mais de farinha até que a massa desgrude das mãos. Reserve.

Recheio

Descasque as maçãs, corte-as em quatro e reserve. Forre o fundo de uma forma redonda com a manteiga em cubinhos e o açúcar, leve ao fogo e deixe caramelizar um pouquinho. Acomode os as maçãs, com a parte curva em contato com o açúcar. Faça uma primeira camada e depois sobreponha com o restante das maçãs.
Leve a forma em fogo baixo até que as maças fiquem cozidas e carameladas, sempre checando a consistência do caramelo (cuidado para não queimar). Quando estiver dourado e começando a engrossar, desligue.

Montagem

Abra a massa em uma espessura de mais ou menos meio centímetro e cubra as maçãs.
Leve para assar em forno pré-aquecido, aos 240 graus, por cerca de 25 minutos.
Ao retirar do forno, deixe a esfriar um pouco. Se necessário antes de desenformar, esquente rapidamente no fogo baixo o fundo da forma para que o caramelo desgrude.

Desenforme e sirva a torta ainda quente.
Fica ótima acompanhada de sorvete.

 Obs: Parece que no final deu tudo certo, pelo menos ficou gostosa e acabou logo.

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Esportes de um Duque


         Esportes de um Duque

Por Duque

O esporte faz parte da rotina de minha vida, pratico regularmente todos os dias. Não é atoa que mantenho me em forma, diferente de certo gato que tem por aqui, mas isto é outra história.

Bem, eu como um Duque tenho um bosque particular em meus domínios. A caça é uma atividade própria de um Duque, como vós sabeis e pratico todos os dias. Acordo cedinho e vou para o meu bosque e escolho um local estratégico e espero a oportunidade de agarrar um pássaro. Gosto muito desta atividade esportiva, mas requer muita paciência, nem todos a possuem. Ah! Sim, pratico tanto a caça diurna como a noturna.

Outro esporte que gosto é o arvorismo, gosto principalmente de subir na árvore o mais rápido possível e quando chego ao topo é ótimo, lá do alto posso observar boa parte dos meus domínios e também os dos meus vizinhos. É uma atividade que requer muita habilidade, força e equilíbrio, sou muito bom nisso. O gato gordo, que eu abriguei em meus domínios, não consegue de jeito nenhum, hi, hi, que vergonha um gato não subir em árvore.

Mas o meu esporte favorito é a caça em safari, sinto-me como um leão correndo livre pela savana. Devido à falta em meus domínios de animais da savana para caça eu tenho que adaptar, assim utilizo o gato gordo como caça, finjo que ele é uma zebra (o que não é de todo uma mentira) e corro atrás dele por todo o bosque e pelo castelo também.

E para deixar completo este relato às vezes, mas muito raramente mesmo, bato uma bolinha, no passado gostava muito desse esporte, todavia agora acho um pouco chato, então deixo o para a plebe.
Bem depois de tanto esporte é melhor eu descansar um pouquinho, umas dez horas. Miau.



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Vlad, a última confissão


Vlad, a última confissão

de  C.C. Humphreys

 


“... aço contra aço, quebrar de ossos, gritos de raiva, dor, terror, Vlad não sentia nem ódio nem medo, só a ânsia de tirar a vida de outro inimigo. Alguém que queria se provar mais forte, e fracassava. Esbravejando com fúria, um turco enorme passou correndo por sobre os corpos de seus camaradas, levantando sua espada em um arco impossível de deter em direção à cabeça dele. Não havia outro lugar para ir a não ser para trás. Seu pé bateu na plataforma do molinete, a lâmina passou a um dedo de seu rosto, a força fazendo-a se enfiar no chão, e a madeira segurando-a ali o tempo suficiente para Vlad passar sua cimitarra direto pela garganta do turco.”

A despeito da foto vampiresca do Bob acima, este livro não trata sobre vampiros, e sim de um personagem histórico, Vlad III, príncipe da Valaquia, conhecido como Vlad Tepes, o empalador, que inspirou o autor Bran Stocker a escrever o tão conhecido livro Drácula.

O autor teve a idéia de recontar a história de Vlad através do relato de três pessoas muito próximas dele. Assim a personagem Janos Horvathy reúne no castelo de Poenari, o melhor amigo, a amante e o padre confessor de Vlad, para que unindo os relatos de cada um possa chegar a verdade sobre o príncipe Vlad.

Desta forma a história iniciada por seu amigo começa com Vlad ainda bem jovem quando ele e seu irmão Radu foram entregues pelo pai aos turcos como garantia de obediência. Os irmãos são educados pelos turcos, estudando inclusive a religião mulçumana. Quando o pai se volta contra os turcos Vlad é mandado para outro lugar onde fará outro estudo, a tortura, e é neste lugar que ele conhece a técnica do empalamento, com a qual virá no futuro a ser conhecido e temido. Após o assassinato de seu pai e de seu irmão mais velho o sultão fornece apoio a Vlad para coloca-lo no trono da Valáquia em lugar de seu primo em troca de lealdade, é claro que Vlad uma vez conquistado o trono não se sujeita as ordens do Sultão.

C.C. Humphreys mistura personagens reais e fictícios com uma narrativa envolvente, nem acredito o quão rápido eu li este livro, depois que você começa a lê-lo é difícil parar.

Ao final do livro há A Nota do Autor onde ele declara que não quis julgar o seu personagem deixando ao leitor o julgamento desta confissão, Vlad foi um monstro sangüinário ou um herói que precisava ser um guerreiro cruel. Bem, em minha opinião, eu li desde o princípio do livro que a história era contada com a visão de um herói, não vi esta imparcialidade do autor.

Livro recomendado a todos que querem saber mais sobre a história que deu origem ao mito de Drácula, que goste de narrativas medievais e gostariam de saber mais sobre o que aconteceu neste período histórico na região da Romênia.

Boa leitura.