sábado, 2 de dezembro de 2017

Poemas de Natal


O que fizeram do Natal

Natal.

O sino longe toca fino.

Não tem neves, não tem gelos.

Natal. Já nasceu o deus menino.

As beatas foram ver,

encontraram o coitadinho

(Natal)

mais o boi mais o burrinho

e lá em cima

a estrelinha alumiando.

Natal.



As beatas ajoelharam

e adoraram o deus nuzinho

mas as filhas das beatas

e os namorados das filhas,

mas as filhas das beatas

foram dançar black-bottom

nos clubes sem presépio.



Carlos Drummond de Andrade


sábado, 11 de novembro de 2017

Livros para viagem: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias


Livros para viagem  

A Volta ao Mundo em Oitenta Dias
Julio Verne

Quando se viaja para algum lugar o período de trânsito de um ponto ao outro pode ser bem chato e demorado. Ler um livro neste período é ótimo para passar o tempo. Mas o que ler? Bem, pode se ler o que desejar, todavia acho bastante interessante ler livros que tratam de viagens. E como minha primeira recomendação está “A Volta ao Muno em Oitenta Dias” de Julio Verne.

Uma história muito divertida de um rico cavalheiro inglês, Philleas Fogg, de comportamento muito metódico que faz uma aposta de dar a volta ao mundo em oitenta dias. Ele parte imediatamente levando o seu criado, Passepartout, que havia sido contratado naquele mesmo dia, este estava muito feliz com o seu novo patrão por ele ser tão caseiro, e por isso mesmo depois de iniciada a viagem demorou para que Passepartout acreditasse nesta viagem, afinal seu patrão leva como bagagem nada mais que algumas roupas, artigo básico para viagem e seu passaporte.

Além destes dois personagens temos o detetive Fix que vai ao encalço de Phileas Fogg, pois em Londres ocorreu um assalto a um banco e a descrição do ladrão confere as características físicas de Phileas Fogg. Assim, inicia a viagem de Phileas Fogg e Passepartout, que apesar de o único objetivo desta viagem ser dar a volta ao mundo no tempo estipulado, eles irão viver várias aventuras por onde passarem, terão que vencer alguns contratempos e a interferência de do detetive Fix, muito empenhado em prendê-lo, além de um encontro inesperado.

Livro divertidíssimo, há tempos não lia um livro tão divertido. Recomendadíssimo. Segundo o livro “Conversas com Mrs. Dalloway, Julio Verne enquanto escrevia este livro, em 1872 “sentia-se viajando na companhia do protagonista empenhado em ganhar a aposta.” Observe um trecho de uma carta a seu editor: “Se pudesse imaginar como estou me divertindo com minha viagem ao redor do mundo! Chego a sonhar com ela! Esperamos que os leitores se divirtam também. Eu devo ser meio maluco; fico me envolvendo com as extravagâncias dos meus heróis.”



Este livro foi adaptado para o cinema, conheço duas adaptações a primeira de 1956 e a outra de 2004, além de animação.




sábado, 24 de junho de 2017

Cartas de Amor - Pintura

                         Sob a temática das Cartas de Amor, procurei uma pintura e encontrei esta bela obra de Jean Fragonard (1732 - 1806), pintor francês com estilo Rococó.
                          Gostei bastante deste quadro, parece ser uma cena comum, de qualquer dia, uma jovem dama que recebe flores e uma carta, ela está lendo em seu quarto com sua cachorrinha, e alguém chega nesse momento, as duas olham diretamente para essa pessoa, que a flagra nesse momento, mas para quem seria? A pessoa que aprecia o quadro talvez?...


sábado, 17 de junho de 2017

Carta de Fitzgerald para Zelda


Para Zelda

 [Após 22 de fevereiro de 1919, Nova York]


                 
                        Senhorita Zelda Sayre

                        Av. Pleasant 6 Montgomery Ala

                        Queria coração ambição entusiasmo e confiança declaro tudo glorioso o mundo é um jogo e enquanto estiver seguro de seu amor tudo é possível estou na terra da ambição e do sucesso e minha única esperança e fé é que a amada do meu coração esteja comigo em breve.
Scott Fitzgerald


segunda-feira, 12 de junho de 2017

Minha Amada Imortal

                        Carta a Amada Imortal


                       Aproveitando o clima de romance, deixo aqui as castas de Beethoven a sua misteriosa Amada Imortal.

Manhã de 6 de julho [de 1812]
Meu anjo, meu tudo, meu ser. Apenas algumas palavras hoje, à lápis (o seu). Até amanhã a minha morada estará definida. Que desperdício de tempo. Por que [sinto] esta tristeza profunda quando a necessidade fala? Pode o nosso amor resistir ao sacrifício, em não exigir a totalidade um do outro? Pode mudar o fato de que você não é toda minha nem sou todo seu? Oh, Deus! Olhe para a beleza da natureza e conforte o seu coração com o que deve ser. O amor exige tudo e com razão. Assim, eu estou em você e você em mim. Mas você se esquece facilmente que preciso viver para mim e para você. Se estivéssemos completamente unidos, você sentiria esta dor tão próxima quanto eu sinto. A minha viagem foi terrível; só cheguei ontem às 4 horas da manhã, uma vez que na falta de cavalos, o cocheiro escolheu um outro caminho, mas que caminho terrível. Na penúltima parada fui avisado para não viajar à noite, fiquei com medo da floresta, e isso só me deixou mais ansioso – e eu estava errado. O cocheiro precisou parar na estrada infeliz, uma estrada imprestável e barrenta. Se estivesse sem os apetrechos que levo comigo teria ficado preso na estrada. Esterhazy, percorrendo este caminho habitual, teve o mesmo destino com oito cavalos que eu tive com quatro. Senti algum prazer nisso, como sempre sinto quando supero com sucesso as dificuldades. Agora uma rápida mudança das coisas externas para as internas. Provavelmente nos veremos em breve, mas hoje não posso compartilhar contigo os pensamentos que tive durante estes poucos dias dias sobre a minha vida. Se os nossos corações estivessem sempre juntos, eu não teria nenhum deles. O meu coração está repleto de coisas que gostaria de dizer-te. Ah. Há momentos que sinto esse discurso não ser nada. Alegre-se. Você permanece [sendo] a minha verdade, o meu tesouro, o meu tudo como eu sou o teu. Os deuses devem nos mandar o restante, aquilo que deve ser para nós e será. Seu fiel Ludwig.

Segunda, noite de 6 de julho [de 1812]
Você está sofrendo, minha querida criatura. Só agora percebi que as cartas precisam ser enviadas nas segundas ou quintas de manhã bem cedo. Os únicos dias em que o correio vai daqui para K. Você está sofrendo. Ah, não importa onde eu estou, você está lá. Eu arrumarei isso entre eu e você para que possa viver contigo. Que vida!!! Assim!!! Sem você, perseguido pela bondade humana, o que pouco quero merecer é o que mereço. A humildade do homem diante do homem me machuca. E quando me considero em relação ao universo, o que eu sou e o que é Ele, a quem chamamos de maior, ainda assim, nisto reside a divindade do homem. Choro ao pensar que provavelmente não receberá a minha primeira carta antes de sábado. Por mais que você me ame, eu te amo mais. Mas nunca se oculte de mim. Boa noite. Devo ir dormir. Oh, Deus! Tão perto! Tão longe! Não é o nosso verdadeiro amor uma construção celestial, mesmo assim é firme como as colunas do céu?
***

Bom dia, em 7 de julho [de 1812]
Embora ainda esteja na cama, os meus pensamentos vão até você, minha Amada Imortal, agora felizes, depois tristes, esperando para saber se o destino nos ouvirá ou não. Eu só posso viver completo contigo ou não viver. Sim, estou decidido a vaguear assim por muito tempo longe de você até que possa voar para os seus braços e dizer que estou em casa, e poder enviar a minha alma envolta em você ao reino dos espíritos. Sim, isto deve ser tão infeliz. Você será mais contida quando souber da minha fidelidade à você. Outra jamais poderá ter o meu coração, nunca, nunca, Oh, Deus! Por que um precisa estar separado do outro quando se ama. E, no entanto, a minha vida em Viena é agora uma vida miserável. O teu amor me faz ao mesmo tempo o mais feliz e infeliz dos homens. Na minha idade eu preciso de estabilidade, de uma vida tranqüila. Pode ser assim na nossa relação? Meu anjo, acabo de ser informado que o carteiro sai todos os dias. Por isso devo terminar logo para que você possa receber a carta logo. Fique tranqüila, somente através da consideração tranqüilade nossa existência podemos atingir o objetivo de vivermos juntos. Fique tranqüila, me ame, hoje, ontem, desejos sofridos por você, você, você, minha vida, meu tudo, adeus. Oh, continue a me amar, jamais duvide do coração fiel de seu amado. 
Sempre teu 
Sempre minha 
Sempre nosso."

*Cartas transcritas do blog: https://angelinawittmann.blogspot.com.br/2015/08/as-cartas-de-beethoven-e-o-filme-minha.html

                        Esta são as cartas mais conhecidas de Beethoven e também as que geraram mais especulações quanto a identidade de sua destinatária, a amada imortal. Nestas cartas é fácil perceber seu estado apaixonado, sua agitação e uma tristeza, presumivelmente um dos motivos seja o fato de tratar-se de um amor que não possam revelar ao mundo.
                         Várias teorias foram feitas com relação a identidade desta amada imortal, mas nunca se chegou a uma conclusão definitiva. Há quem cogite se tratar de Josephine von Brunswick, ou Therèse von Brunswick, ou Antoine Birkenstock, ou Louise Lichtenberg ... Estas cartas foram encontradas após a morte de Beethoven, juntamente com o seu testamento. Toda esta especulação entorno das cartas inspirou o filme intitulado Minha Amada Imortal

Bibliografia:
Beethoven, um compêndio. organizado por Barry Cooper
História da música clássica. Roland de Candé

sábado, 3 de junho de 2017

Todas as cartas de amor são



Todas as cartas de amor são...
Fernando Pessoa
(Poesias de Álvaro de Campos)

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos, 21/10/1935


terça-feira, 18 de abril de 2017

Focaccia

                      Que tal um pãozinho a tarde? Sugiro uma Focaccia,  que eu tinha medo de fazer, acha muito difícil, enfim que não daria certo. Mas para minha surpresa não só é fácil como é mais rápido que outro pães. E delicioso.




















Focaccia

Ingredientes
·       500g de farinha de trigo
·       2 colheres (sopa) de açúcar
·       10g de fermento biológico seco
·       240ml de água morna
·       Uma colher (chá) de sal
·       meia xícara (chá) de azeite e mais um pouco para regar por cima
·       alecrim
·       sal grosso

Modo de Preparo

        Primeiramente amorne a água e misture o açúcar e o fermento, aguarde o fermento reagir, cerca de 10 a 15 minutos. Em uma superfície ou recipiente coloque a farinha a colher de sal o azeite e água com o fermento já reagido, misture até formar uma massa homogênea um pouco pegajosa, coloque a massa em lugar quente e aguarde a massa crescer (cerca de 30 minutos). Após a massa crescida coloque em assadeira untada com óleo, espalhe a massa na forma e com os dedos forme depressões na massa, coloque raminhos de alecrim na superfície, um pouco de sal grosso e regue com azeite. Asse em forno a 180°C até estar assado, cerca de 30 minutos.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Filme: Caçadores de Obras-Primas


Caçadores de Obras-Primas
Com direção de George Clooney, eleco:  George Clooney, Bill Murray, Matt Damon, Cate Blanchett, John Goodman, Jean Dujardin, Hugh bonneville e Bob Balaban.
Título Original: The Monuments Men
Lançado em 2014, trata-se de uma adaptação cinematográfica do livro The Monuments Men (em português recebeu o mesmo título do filme, Caçadores de Obras-Primas) de Robert M. Edsel, baseado em fatos reais, o filme conta a história de um pelotão da segunda Guerra Mundial composto por diretores de museus, curadores e historiadores de artes, com a missão de procurar, resgatar e devolver aos seus donos as obras de arte roubadas pelos nazistas. Neste momento a guerra chegava ao seu fim, contudo era imprescindível que tal ato fosse realizado antes do término da guerra, pois os alemães receberam ordens de destruir tudo, assim tem-se uma corrida contra o tempo. Durante esta missão eles arriscaram suas vidas para recuperar e proteger estas obras que representam séculos e séculos de cultura.

Quanto as personagens, a interpretada por Cate Blanchett é uma mulher que trabalhava em um museu de arte na França durante a ocupação nazista, plenamente dedicada ao seu trabalho e bastante machucada pela guerra. Já o personagem central, interpretado por George Clooney é um especialista em artes preocupado com o risco que estas obras de arte correm nas mãos dos nazistas, a princípio ele procura alguém do exército para a missão, não tendo sucesso em seu intento ele mesmo assume este encargo juntamente com outros especialistas que ele solicita a colaboração.

A temática do filme me agrada muito, porém sinto que faltou coerência com relação ao “tom” do filme, se é um drama ou uma comédia ou pelos menos talvez faltou saber dosar as coisas. A meu ver, o filme poderia ter assumido apenas uma postura, para mim particularmente a dramática, pois o filme tem boas cenas sensíveis, reflexivas e tocantes. Ainda assim vale apena assistir.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Livrarias pelo Mundo III - Polare


Livrarias pelo Mundo III - Polare





Outra belíssima construção que abriga uma livraria é a da Polare Maastricht na Holanda, talvez conheçam pelo nome de Selexys Dominicanen que fechou, atualmente funciona a livraria Polare.

O local era uma igreja dominicana em estilo gótico do século XIII, a Selexys comprou e instalou a livra em 2006 posteriormente passou para a Polare, que não andava muito bem quanto a finanças.

A livraria possui em seu interior também um café.

Deve ser agradabilíssimo comprar livros lá.  


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Diário do Duque - Dia a Dia


Dia a Dia

- Olááá, amanheceu o diaa, os pássaros estão cantando, preciso sair.

Subo em sua cama, e então...

- Eu quero caçar. Ouça quantos pássaros em meu bosque.

Coloco minhas patas em seu corpo e empurro, ocorrem alguns movimentos, nada mais. Sendo assim, cravo minhas garras em seu corpo, agora sim.

- Até que enfim, você acordou, vamos, abra a porta.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Doce de Leite


Doce de Leite
   Estava cansada de comer doces de leite industrializados feitos com amido, que mais parecem uma cola, então resolvi fazê-lo em casa, demorou, mas ficou muito bom, o ruim é que dura pouco.

Ingredientes:
·       1l de Leite

·       2 xícaras de açúcar

·       Uma colher de chá de bicarbonato de sódio

Modo de Preparo:
Leve ao fogo baixo todos os ingredientes e mecha sempre até reduzir a pasta. Se começar a espumar demais retire a espuma.

Dicas: Use uma panela alta, porque o leite sobe, e não descuide.
Utilize um leite gordo.

Simples? Talvez. Demorado? Muito. Vale a pena? SIIIM.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Batatas Rústicas

Batatas Rústicas e cenouras


               Vi comentarem sobre esta receita em vários lugares, achei a simples, apesar de demorada. A primeira vez que eu fiz, procedi conforme indicado, mas depois mudei um pouco o procedimento (e ainda experimentei com cenouras) e gostei mais do resultado. Eu vi o procedimento de colocar as batatas cruas no forno, porém achei muito demorado, depois vi pré cozinhando as batatas em água, o que diminuiu o tempo de forno testei esta, na minha opinião ficaram um pouco aguadas, assim tive a idéia de pré cozinha-las no micro-ondas, gostei mais deste resultado.

Ingredientes
Batatas
alho
azeite
sal
alecrim
tomilho e mais os temperos que gostar.

Modo de preparo
Lavar bem as batatas, cortá-las em quatro partes com a casca. Envolva os pedaços com os temperos, e leve ao micro-ondas em recipiente tampado por cerca de 10 minutos. Após este procedimento distribua os pedaços em uma forma (eu forrei com papel alumínio, pois minha forma não é antiaderente) juntamente com os temperos e os dentes de alho inteiros. Leve ao forno alto (cerca de 220°C) e deixe até dourar (cerca de uma hora).

E está pronto. Ficam muito boas, experimente cenouras ficam ótimas também e para quem gosta de alho ele fica bem molinho.

domingo, 1 de janeiro de 2017

A meta de livros de 2016 e próxima para 2017

               
              

                   Analisando o que eu havia planejado para 2016, que no total se tratavam dez livros (os planejados, claro que eu acrescentaria outros ao longo do ano aleatoriamente) eu li seis, é... não foi muito bom, e... destes seis eu troquei três títulos, mas isso tudo bem, já que  não é uma lista fechada em títulos, mas em "categorias" se esta palavra for adequada ao caso.  Eu penso nos títulos como uma sugestão para preencher a categoria, não trata-se de algo fixo, imutável.

                  Agora, 2017, resolvi aumentar mais dois livros (apesar de dez já não ter dado muito certo em 2016), acrescentei mais duas categorias e tentarei ler o máximo deles no primeiro semestre (porque notei no final do ano que faltavam muitos para serem lidos e aí não dava mais tempo).




                 1. Um livro de poesia: Sentimento do Mundo de Carlos Drummond de Andrade;
                 2. Uma biografia: Ainda estou em dúvida talvez Domitila de Paulo Rezzutti;
                 3. Três livros em francês: Les trois Musquetiers de Dumas; um Jules Verne; e talvez Angelique;
                 4. Um livro de não ficção diverso de biografias: 1889 de Laurentino Gomes;
                 5. Dois livros em espanhol: sem a menor idéia;
                 6. Um livro de um autor que nunca li: Caro Michele de Natalia Ginzburg
                 7. Técnicos: O Resto é Ruído, Camargo Guarnieri e o Triunfo da Música.